
Primeiro ainda não consegui perceber se és algum génio, saído de uma lampada, para que toda a gente te peça desejos. Não consigo perceber a fé que todos têm em ti, a força de vontade que nasce com o teu aparecimento...falo por mim que de um dia para o outro resolvi deixar de fumar e diga-se que foi o pior dia 1 de Janeiro (de um qualquer ano) da minha Vida! Ok, ok podes dizer-me - “mas, tu fumas!” – e eu respondo - “mas quem leva resoluções de ano novo até ao fim?!?”
Mas tudo bem, eu não sou diferente, e lá tento engolir aquelas passas pegajosas e às tantas começo a beber champanhe pra ver se os desejos descem mais rápido e não perco nenhum. Mas na minha cabeça, querido Ano Novo, não é que tenha algo contra ti, não, mas quando penso em desejos, assumo que são os objectivos de vida, que talvez possa realizar durante a tua presença, ou na presença dos teus descendentes.
Eu simplesmente quero ver as minhas filhas crescerem felizes, e estar presente nas suas vidas, quero um dia pedir perdão a quem magoei e ainda não tive coragem de o fazer, quero também dizer “Gosto de ti”, a algumas pessoas que gosto e talvez nunca tenha dito.
Quero saltar de para-quedas, quero voltar a andar de mota e sentir o vento na cara. Quero ser mais aquilo que sou e menos o que querem (ou esperam) que eu seja.
Ano novo, mesmo que me aches doida varrida, passada dos cornos, não me importa, porque eu estou cá para te receber e espero ver-te partir.
Até logo, Ano Novo!