31 dezembro 2010

Querido Ano Novo,

Resolvi escrever-te porque tenho algumas duvidas que preciso ver esclarecidas. Sei que ainda não nasceste, mas não tarda muito já aí estás!

Primeiro ainda não consegui perceber se és algum génio, saído de uma lampada, para que toda a gente te peça desejos. Não consigo perceber a fé que todos têm em ti, a força de vontade que nasce com o teu aparecimento...falo por mim que de um dia para o outro resolvi deixar de fumar e diga-se que foi o pior dia 1 de Janeiro (de um qualquer ano) da minha Vida! Ok, ok podes dizer-me - “mas, tu fumas!” – e eu respondo - “mas quem leva resoluções de ano novo até ao fim?!?”

Mas tudo bem, eu não sou diferente, e lá tento engolir aquelas passas pegajosas e às tantas começo a beber champanhe pra ver se os desejos descem mais rápido e não perco nenhum. Mas na minha cabeça, querido Ano Novo, não é que tenha algo contra ti, não, mas quando penso em desejos, assumo que são os objectivos de vida, que talvez possa realizar durante a tua presença, ou na presença dos teus descendentes.
Eu simplesmente quero ver as minhas filhas crescerem felizes, e estar presente nas suas vidas, quero um dia pedir perdão a quem magoei e ainda não tive coragem de o fazer, quero também dizer “Gosto de ti”, a algumas pessoas que gosto e talvez nunca tenha dito.

Quero saltar de para-quedas, quero voltar a andar de mota e sentir o vento na cara. Quero ser mais aquilo que sou e menos o que querem (ou esperam) que eu seja.

Ano novo, mesmo que me aches doida varrida, passada dos cornos, não me importa, porque eu estou cá para te receber e espero ver-te partir.

Até logo, Ano Novo!

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